Brasileirão: Inter 1 x 0 Cruzeiro - Crônica

Se na rodada passada a lucidez do técnico na entrevista pós-jogo foi o único destaque, desta vez podemos ir um pouco mais além. Mas também não foi grande coisa, a ponto de vermos uma mudança drástica e animadora. Ainda mais que o Inter depende de resultados paralelos para alcançar seu objetivo.

Mesmo assim o maior destaque da vitória foi a atitude do técnico. Viu que lado esquerdo da defesa era uma avenida e chamou atenção de Geferson. Não obteve resultado e em um erro de passe, contra-ataque perigoso do adversário. Foi o suficiente para sacar o jogador e mandar a campo Vitinho. Duplo acerto. Primeiro por que Alex cumpriu muito bem a função. Segundo por que Vitinho e Nico López começaram a se entender e dar mais trabalho ao adversário.

Depois, as outras substituições seguiram o mesmo tom. Nada de retranca ou descaracterizar o time. Se é pra mudar, que seja para mandar o time pro ataque. Único porém foi ter escolhido Seijas e não Anderson para deixar o campo. Este é o único detalhe que chama atenção do novo técnico, parece que Anderson é titular absoluto e não sai nem na segunda etapa. Pelo menos se jogasse...

Mas a disposição do time é algo que deve ser elogiado. Correram mais nesse jogo do que em 3 ou 4 de tempos de Argel e Celso Roth. Foi mais na vontade e disposição que organização e qualidade. Mas se o que importa é a vitória, dever cumprido.

O Cruzeiro foi melhor em boa parte do jogo. Perderam oportunidades na segunda etapa que deram esperanças de que a sorte está favorecendo o Internacional. Foram duas oportunidades de dentro da área - depois de estar 1 a 0 - que causaram muito temor. O empate do Cruzeiro aquela altura seria o caos.

Quanto ao gol de Valdívia, só há que se tecer elogios. Foram quase 70 metros de condução de bola em velocidade, chute preciso e golaço. Gol salvador que fez o Beira Rio "explodir". Este é o jogador que vimos em 2015 e que hibernou em 2016. Agora está de volta, decidindo e sendo peça fundamental na conquista da vitória - assim como foi na reta final do Brasileirão 2015, onde Valdívia e Vitinho levaram o Inter "nas costas". Só foi uma pena terem maquiado a capacidade do técnico de que já no Gauchão mostrava não ter muito mais o que "tirar" do time.

Lisca já disse várias vezes que só lamenta não ter chegado antes ao Internacional. Lamentamos também, pois a atitude frente Santa Cruz e Ponte Preta - por exemplo - seria outra e o time não estaria nesse cenário.

Agora resta torcer, esperar e se preparar para o jogo derradeiro. Tem que vencer e contar com a sorte.

Saudações Coloradas.