Gauchão: INTER 1 x 2 Novo Hamburgo - Crônica


Após um primeiro tempo "Píffero", quer dizer, pífio, o Inter de Zago conhece a primeira derrota na temporada. Em pleno Beira Rio, frente ao ´poderoso´ Novo Hamburgo. É lamentável vermos os mesmos erros da temporada passada. Pior é vermos uma coletiva com as mesmas desculpas. Conhecemos o trabalho e capacidade do treinador, mas se o mesmo se dobrar às exigências da Sonda e Cia, vai ser complicado. Quem acreditava puramente em novos tempos com outra direção, começa a se preocupar seriamente.

Não há como não se preocupar ao vermos Ernando e Bob no time considerado titular. É difícil dizer qual dos dois foi pior. Mas para Zago, todos merecem oportunidade. O que na verdade nada mais é do que aqueles velhos jogadores do Grupo Sonda, que investiram muito dinheiro nessas nabas e querem retorno a qualquer custo. O time, resultado, torcedor e sócios são detalhes. O importante é valorizar e fazer render o investimento :(

Os problemas ofensivos e defensivos foram os mesmo da temporada passada. Principalmente as brechas cedidas para contra-ataques. Mas querer o que de uma zaga que ora tem Paulão, ora tem Ernando? Ambos já provaram que não merecem mais oportunidades no time titular. O mesmo vale para Fernando Bob. Nos seus primeiros jogos pelo Inter até mostrou serviço, mas caiu além da conta e não demonstrou nenhuma vontade de reverter a situação crítica do time no Brasileirão 2016. Assim, o que restou - principalmente na primeira etapa - foi a tradicional apatia em buscar jogadas, triangulações, etc.

O Inter estava pessimamente escalado, com a marcação dando muito espaço no meio campo e a defesa completamente exposta. Somado as limitações individuais, a derrota na primeira etapa foi mais que merecida. Do meio pra frente faltava interesse e vontade. Era um time completamente estático, repetindo o que se apresentava na temporada passada. Sorte que Zago não esperou até meados do segundo tempo para modificar o time. Foi logo no intervalo e o Inter foi outro.

Lembrei das escalões mais que perdidas de Celso Roth. Que ao longo do jogo fazia as alterações para acertar o time. Isso lá pelos 30 minutos da etapa complementar. Em outras palavras: tarde demais. Se em meio tempo o time não conseguiu o empate quem dirá em quinze minutos, como ocorreu no fatídico 2016.

De positivo, tivemos mais uma atuação acima da média de Nico López e a boa apresentação de Uendel. No primeiro tempo, Nico não foi tão bem, assim como todo time, mas, na etapa final realizou bons passes, movimentação e o oportunismo para assinalar o gol Colorado. Claro que nivelando por baixo, como foi a apresentação do Clube do Povo, não é tamanha vantagem estar acima da média, mas pelo menos tem mostrado serviço. Uendel foi o maior destaque do time, dando esperanças para que esqueçamos de tantos problemas que tivemos na lateral esquerda. Mesmo que não tivéssemos conseguido o empate ou vitória, mas ele bem que merecia o gol após fazer fila na defesa adversária. Mas como futebol não é justiça, ficamos apenas com os fatos.

A compactação do adversário, esperando as iniciativas do Inter e as jogadas de contra ataque são mais ou menos o que o Inter vai encontrar em 80 por cento dos jogos do Brasileirão 2017. Isso a direção e comissão técnica tem que estar ciente e tem que trabalhar. Não adianta dar murro em ponta de faca até cansar e sofrer um dois gols de contra ataque e perder a partida. Sendo completamente otimista podemos ver a derrota de ontem como algo que se possa tirar algum proveito, para não acharem que estamos caminhando em passos largos para a formação de um time. Ainda falta muito e as derrotas server para pensarmos e acertarmos.

Sobre a derrota em sí, não é nenhum bixo-de-sete-cabeças. Faz parte do esporte e já vimos isso em inúmeros campeonatos, principalmente no Gauchão. O Inter começa empatando, ganhando aos trancos e barrancos e das oitavas pra frente decola e se sagra campeão. O problema é quando acham que isso é suficiente para as competições nacionais.

Zago prometeu resposta imediata no jogo contra o Fluminense, válido pela Primeira Liga. Bom teste contra o time de Abel Braga, que não brinca em serviço. Para um time que não começa nada bem, uma boa apresentação e vitória pode dar novo ânimo para sequencia dos trabalhos.

Saudações Coloradas.

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Gauchão: INTER 1 x 2 Novo Hamburgo - Crônica Gauchão: INTER 1 x 2 Novo Hamburgo - Crônica Reviewed by #BrunoRodrigues on 10:46:00 Rating: 5

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