Copa do Mundo: Quartas de Final - BRASIL 1 x 2 Holanda
Perder tudo bem, faz parte. Mas não do jeito que foi, com uma mudança, do tamanho do mundo, na atitude da Seleção. Os jogadores perderam a cabeça e o Brasil perdeu a Copa. Começo acreditar seriamante naquela hipótese da trama da Copa de 98. Mas vamos ao jogo.
O primeiro tempo foi brigado, pegado, com bastantes faltas, mas foi cheio de emoção. O Brasil foi bem superior, fechou os espaços, marcou bem e saiu em bons contra-ataques, além dos bons lançamentos.
Aos 10 min Felipe Melo fez um ótimo lançamento e encontrou Robinho, em um "big" buraco na zaga da Holanda, que bateu de primeira e abriu o placar.
O Brasil segui melhor, poderia ter ampliado, mas não o fez. Administrou bem a vantagem, mas não forçou o necessário para fazer o segundo gol.
A segunda etapa foi totalmente o oposto. O Brasil voltou irreconhecível, deu muito espaço para a holanda trabalhar as jogadas, caiu nas armadilhas dos jogadores holandeses, que simulavam faltas e provocavam os jogadores brasileiros.
E foi numa dessas que a holanda chegou ao empate. Uma falta simulada, a holanda lançou a bola na área e, numa bobeira da defesa, Felipe Melo raspa de cabeça e marca contra. E a Seleção Brasileira - assim como nós, milhões e milhões de torcedores - sentiu o gol. Foi um tremendo choque. Foi um gol achado, ocasional.
Contando com a experiência em que Kaká levou o segundo cartão amarelo e foi expulso, Dunga tirou Michel Bastos, que já tinha amarelo e colocou Gilbreto na lateral esquerda. Substituição acertada para evitar maiores problemas.
Só que os maiores problemas ainda estavam por vir. Aos 23 min o segundo golpe. A holanda vira o jogo com um gol de cabeça de sneijder. Jogada manjada, escanteio cobrado, leve desvio na entrada da pequena área que pega toda a defesa desprevinida e o jogador do meio só tem o trabalho de mandar para as redes.
Cinco minutos depois a tragédia anunciada. Felipe Melo faz falta normal de jogo, mas depois "vai lá" e dá um pisão no jogador holandes que está caido. O árbitro expulsa corretamente o jogador brasileiro.
Se já estava difícil, a essa altura o emocional foi itotalmente pro espaço. Perdendo de virada e com um jogador a menos era quase impossível.
Aos 32 min, Dunga tira Luis Fabiano e coloca Nilmar. Luis Fabiano pouco fez e apareceu durante o jogo,mas era o jogador de área,não deveria ter saído. Ficou no mesmo, só com um ataque mais veloz. Poderia ter sido mais ousado, mas essa não é uma característica do técnico Dunga. Aliás, ex-técnico. Segundo o próprio, seu cargo a frente da Seleção Brasileiraseria até a Copa da África do Sul - independente do resultado.
O Brasil realizou apenas duas alterações no decorrer da segunda etapa. Uma por necessidade e outra como tentativa de melhorar o ataque. Mas aí volta aquela aquela história da falta de opções no banco de reservas.Faltou opções no meio campo, mas precisamente na área de criação, que contava apenas com Kaká - jogador de ofício,da função.
Convenhamos que o desequilibrio emocional pesou muito. A isso somou-se a expulsão de Felipe Melo, que é um jogador conhecido por não saber e não conseguir se controlar.
O Brasil fez um primeiro tempo quase perfeito, faltando apenas aproveitar as oportunidades para ampliar e matar o jogo. No segundo tempo a holanda foi exatamente o que foio Brasil no primeiro. Só que no primeiro tempo a holanda teve a frieza necessária para superar a adversidade, coisa que o Brasil não teve.
O sonho do Hexa fica pelo caminho. É triste, é difícil, mas futebol é assim, só uma Seleção pode ser campeã, e desta vez - INFELIZMENTE - não será o Brasil.
Copa do Mundo: Quartas de Final - BRASIL 1 x 2 Holanda
Reviewed by #BrunoRodrigues
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