21 Anos depois, nova Fatalidade na F1
Após uma luta de quase 10 meses, o piloto francês Jules Bianchi, de 25 anos, morreu no Hospital Universitário de Nice, na França, sua cidade natal, em decorrência do acidente sofrido no fim do GP do Japão, no dia 5 de outubro de 2014, em Suzuka. A família anunciou a morte ocorrida na noite desta sexta-feira (madrugada de sábado na Europa).
Foi o maior período sem mortes na categoria, desde aquele fatídico 1º de maio de 1994, quando Ayrton Senna sofreu o acidente fatal na curva Tamburello, em Imola, durante o GP de San Marino, que teve no dia anterior a morte do austríaco Roland Ratzenberger (que disputaria apenas sua segunda corrida na categoria, aos 33 anos), que perdeu o controle do carro após ter a asa dianteira quebrada e bateu no muro a 300 km/h.
A lista de mortes é grande e são computados apenas os acidentes fatais em provas oficiais. Desde a primeira em 1953 até a de Jules foram 33 perdas. É um número excessivo se levarmos em conta a quantidade de investimentos e possibilidades da categoria. Muitas delas poderiam ter sido evitadas se usassem apenas o bom senso e deixassem as cifras milionárias de lado. Mas o dinheiro fala mais alto, infelizmente. Contudo, nem mesmo todo dinheiro do mundo pode cobrir a perda de um ser humano e um ente querido.
Segue o comunicado da família de Bianchi, assinado pelos pais, Philip e Christine, o irmão Tom e a irmã Melanie:
“Jules lutou até o fim, como sempre, mas a sua batalha terminou. Queremos agradecer à equipe médica do Hospital Universitário de Nice, que o tratou com amor e dedicação. Também queremos agradecer à equipe do Centro Médico Geral de Mie, no Japão, que cuidou imediatamente de Jules após o acidente, bem como todos os outros médicos envolvidos na luta travada ao longo dos últimos meses.
Gostaríamos de agradecer também aos colegas de Jules, seus amigos, seus fãs e todos aqueles que demonstraram seu afeto durante este período. Eles nos deram a força para resistir nestes tempos terríveis. Ouvir e ler as inúmeras mensagens nos mostrou como Jules tinha despertado um carinho profundo em tantas pessoas ao redor do mundo.
Nós pedimos que respeitem a nossa privacidade durante este momento tão difícil, durante o qual tentaremos enfrentar a perda de Jules.“
Trajetória
Jules Bianchi tinha 25 anos e nasceu em Nice, sudeste da França em 3 de agosto de 1989. Ele começou a competir no kart e em 2007 passou para os monopostos, acumulando bons resultados nas categorias de base.
Foi campeão da Fórmula Renault 2.0 francesa logo em seu ano de estreia; terminou em terceiro na F-3 europeia em 2008 e foi campeão da categoria no ano seguinte. Em 2010, disputou a GP2, principal categoria de acesso à Fórmula 1, sendo terceiro em um ano e vice-campeão no outro. Em 2012 foi vice-campeão da F-Renault 3.5.
Os resultados expressivos na base o renderam um convite para fazer parte do programa de jovens pilotos da Ferrari em 2011, onde também exerceu o cargo de piloto de testes. Por influência da equipe italiana, fornecedora de motores da Marussia, atual Manor, Jules foi contratado pelo modesto time às vésperas do início do campeonato de 2013 para substituir o brasileiro Luiz Razia.
Na temporada 2014, o francês conquistou os primeiros pontos da história do pequeno time ao chegar em nono na etapa de Mônaco.
Descanse em Paz.
21 Anos depois, nova Fatalidade na F1
Reviewed by #BrunoRodrigues
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03:13:00
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