INTER 3 x 0 Brasil - PEL → Jogo

Com gols de Agustín Rogel, Vitinho e Enner Valencia, o Clube do Povo bateu o Brasil-RS por 3 a 0, chegou a quatro vitórias consecutivas no Gauchão e defendeu a liderança do grupo B do Estadual. 

O triunfo desta quarta-feira (05/02), conquistado no Beira-Rio, deixa o time de Roger Machado com 13 pontos na tabela. Agora, tudo é Gre-Nal! No próximo sábado, o Inter disputará o clássico 444, na Arena, a partir das 21h.

→ Primeiro Tempo:

Os muitos jogos disputados em um pequeno intervalo de tempo neste começo de Gauchão impactaram diretamente na escalação que Roger Machado mandou a campo diante do Brasil de Pelotas. Em relação aos titulares da vitória de 1 a 0 do Inter sobre o Avenida, conquistada no domingo passado (02/02), apenas quatro jogadores de linha iniciaram o duelo desta quarta-feira: Victor Gabriel, Braian Aguirre, Thiago Maia e Wanderson. Já Anthoni foi mantido no gol - e empunhou a braçadeira de capitão - enquanto Rogel, Pablo, Ronaldo, Vitinho, Carbonero e Enner Valencia foram novidades na equipe Colorada.

Taticamente, chamava atenção a liberdade que Wanderson e Carbonero possuíam para circular entre a ponta-esquerda e corredor central de ataque. Via de regra, o camisa 11 partia aberto e o colombiano atuava por dentro, mas as trocas de posição foram constantes entre a dupla. Pertenceu a Johan, inclusive, a primeira oportunidade da noite: de fora da área, o atacante conduziu até as cercanias da meia-lua e finalizou forte, mas sem direção. A torcida reagiu com aplausos.

Segundos depois de sua primeira participação, Carbonero armou, aos dois minutos, outra jogada promissora. Em velocidade, o colombiano costurou marcadores pelo centro e encontrou Aguirre com espaço na direita da grande área. O argentino apostou no cruzamento rasteiro, na medida para Enner Valencia, que não conseguiu o arremate.

Se é verdade que o Inter apresentou suas cartas desde o começo da partida, também os visitantes cobraram poucos minutos para deixar claro qual seria a sua postura no Beira-Rio. Ao passo em que a equipe de Roger Machado buscava imprimir um ritmo agressivo e vertical, porém, o Xavante se mostrava disposto a retardar ao máximo a velocidade do confronto. Faltas, muita cera e doses generosas de reclamação foram protagonistas no arsenal pelotense, e conseguiram frear a pressão que o Clube do Povo pretendia impor no início do duelo.

Não bastasse o antijogo visitante, a temperatura superior aos 30ºC também 'cozinhou' o jogo. Para completar, duas visitas do árbitro ao VAR - revisando dois lances de possível pênalti, um para cada time (e nenhum marcado) - garantiram que os primeiros 25 minutos não oferecessem outras grandes emoções. Somente Vitinho, aos 24 min, levou verdadeiro perigo: de cabeça, o atacante Colorado antecipou a saída do goleiro e desviou cruzamento de Braian Aguirre. Quase debaixo das traves, Bruno cortou pela linha de fundo.

Enner Valencia também teve boa oportunidade pelo alto. Aos 29 min, o equatoriano recebeu cruzamento de Vitinho, que fizera linda jogada pela direita de ataque, e cabeceou forte para tirar do alcance do goleiro Wellington. A bola carimbou o travessão! Se o caminho era por cima, os consecutivos escanteios para o Clube do Povo a partir dos 35 minutos serviram para calibrar o pé de nossos cobradores. Assim, Wanderson já estava devidamente preparado quando, na última volta do cronômetro, teve a chance de cobrar tiro de canto pela esquerda. Mostrando faro artilheiro, Rogel atacou a pequena área, desviou no contrapé do goleiro e partiu para o abraço: 1 a 0 para o Colorado!

→ Segundo Tempo:

Como terminou, recomeçou: se o primeiro gol Colorado saiu no apagar das luzes da etapa inicial, o segundo dos comandados de Roger Machado foi marcado tão logo o árbitro autorizou o reinício de confronto. Passados apenas dois minutos da volta do intervalo, o Colorado desceu com força pela esquerda. Da entrada da área, Thiago Maia arriscou de perna canhota, mas a marcação conseguiu bloquear o chute. O rebote, entretanto, foi vermelho, e Vitinho soube aproveitá-lo da melhor maneira. De fora para dentro, o atacante cortou o marcador, ganhou ângulo e definiu rasteiro. 

O Brasil descontou pouco depois do 2 a 0, mas o gol, após longa revisão do VAR, foi anulado por impedimento. O lance deixava claro que o Inter não poderia relaxar, sob risco de comprometer a vitória até então encaminhada, e nada melhor do que contar com o brilho de um artilheiro para mandar o azar para longe. Depois de lindo passe de Ronaldo, Pablo invadiu livre a área visitante e deixou Valencia de frente para o gol aberto. Sem goleiro, o homem dispensou o domínio para completar para as redes. Golaço coletivo!

Depois dos 3 a 0, Roger aproveitou para dar rodagem ao elenco. Primeiro, Yago Noal e Ramon substituíram Carbonero e Pablo. Depois, Gustavo e Kaique Rocha entraram nas vagas de Thiago Maia e Victor Gabriel. Por fim, Lucca ainda foi alçado no lugar de Wanderson. Administrada a vantagem, o Clube do Povo somente esperou pelo apito final, que confirmou a quarta vitória seguida no Gauchão e a manutenção da liderança do grupo estadual.

→ Ficha Técnica:

Internacional (3): Anthoni; Braian Aguirre, Agustín Rogel, Victor Gabriel (Kaique Rocha) e Pablo (Ramon); Ronaldo, Thiago Maia (Gustavo), Wanderson (Lucca), Vitinho e Carbonero (Yago Noal); Enner Valencia. Técnico: Roger Machado.

Brasil-RS (0): Wellington; Danilo (Israel), Cerqueira, Bruno e Alan Bald; Rafael Gelatti (Gabriel Macedo), Juliano Fabro, Jota (Histone), Kauê (João Victor) e Charopem (Higor Farias); Mayco Félix. Técnico: William de Mattia.

Gols: Rogel, aos 50'/1ºT; Vitinho, aos 2'/2ºT; e Enner Valencia, aos 18'/2ºT (I).

Cartão amarelo: Cerqueira.

Arbitragem: Roger Goulart, auxiliado por Tiago Augusto Kappes Diel e Fagner Bueno Cortes. Quarto Árbitro: Marcelo Oswald Bitelbron. VAR: Douglas Schwengber da Silva.

Estádio: Beira-Rio.

Público: 12.120. Pagantes: 10.729. Não pagantes: 1.391.

Renda: R$ 188.529,00.

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