Fórmula 1 - GP do México

Demorou 23 anos para a Fórmula 1 voltar ao México. E mesmo com todo esse tempo de ausência, a popularidade da categoria não “teve baixa” e a presença do público, durante todo final de semana, foi marcante. Comemoraram algumas ultrapassagens de Sergio Pérez e viram Rosberg conquistar o posto mais alto do pódio.

Mesmo com o título perdido para o companheiro, Rosberg manteve o foco e desta vez não cometeu erros e não deu chances para Hamilton. O alemão dominou de ponta-a-ponta e comemorou a vitória com o tradicional sombreiro mexicano. Como Vettel fez uma desastrosa corrida, sem pontuar, Rosberg re-assumiu a vice-liderança do mundial de pilotos.

Bottas completou o pódio fazendo uma boa corrida, economizando e administrando bem os pneus e mostrando que não são apenas os erros da equipe que levam Massa a tornar-se cada vez menos competitivo. Com o mesmo carro, mesma estratégia, os resultados falam por si. Massa terminou em sexto e entre os carros da Williams ficaram as RBR’s de Kvyat e Riccardo.

O Piloto da casa, Sérgio Pérez, terminou em oitavo fazendo uma parada a menos – atrás de seu companheiro de Force India Hulckenberg. Felipe Nasr não completou a prova devido ao velho problema com freios. Já perdemos as contas de quantas vezes o brasileiro teve o mesmo problema, seja em treinos, classificações ou corridas. E como a segurança deve estar acima de tudo, fizeram o mais sensato e abandonaram a prova.

Vettel, por sua vez, descontou todos os erros que não havia cometido durante o ano. Em raras ocasiões vimos o alemão errar tanto. E para aumentar a maré de azar da Ferrari, Raikkonen bateu em Bottas – de novo. Os compatriotas “se encontraram” em duas corridas consecutivas e do jeito que a coisa anda, pode ter mais nas duas corridas restantes.

As McLarens continuam seu calvário em busca do acerto ideal para o motor. E nessa busca foi-se a temporada e melhoras que é bom, muito pouco. Noticias relevantes da equipe só mesmo as especulações de bastidores sobre o possível fornecimento de motor por parte da Honda para a RBR. A McLaren não aceita a negociação pois foi ela que passou a temporada no final do grid, foi ela que deu a contribuição para o desenvolvimento e quando estiver em um nível competitivo a equipe não quer ver todo esse trabalho “doado” a outra equipe. Até faz sentido tal raciocínio, mas, ver uma equipe campeã se retirar da categoria por tais questões é o fim dos tempos para a Fórmula 1.

Já o questionamento de Hamilton, quanto a ultima parada nos boxes, pode ser interpretada de várias maneiras. Somos da seguinte opinião: Se o piloto não puder opinar e decidir o que quer fazer durante uma corrida, ele é um mero fantoche conduzindo o carro. Por tal razão caberia uma análise sobre os rádios e trocas de informação, mas fica para outra ocasião.

Agora é GP Brasil, com as devidas reformas em Interlagos, mas sem todas as mudanças prometidas. Não teremos briga por título, apenas buscas pessoal. Hamilton buscando igualar o número de vitórias de Vettel em uma temporada; Rosberg e Vettel disputando o vice-campeonato; os Brasileiros querendo fazer história “em casa”…

Torceremos para um bom fim de semana, com mudanças climáticas e muita disputa dentro da pista.