Libertadores - Tigres 3 x 1 Inter

A vantagem conquistada no primeiro jogo seria mais que suficiente se o Inter jogasse com inteligência, assim como frisamos na postagem do respectivo jogo. Contudo, o Colorado entrou modificado, não em peças, mas em disposição tática e, se a intenção era surpreender, acabou sendo surpreendido – e graças a Alisson não tivemos um vexame maior.

O Inter começou bem e parecia estar tranquilo até o momento que sofreu o primeiro gol. Daí em diante a chuteira foi pesando e quando Geferson marcou contra, tudo veio a baixo. E não é desculpa, é a pura realidade do futebol. O psicológico passou a influenciar ainda mais e a parte tática “foi pro espaço”. Somado a questões físicas, que estão a cada dia mais exigidas no futebol, não restava muitas esperanças.

O primeiro gol sofrido foi a primeira grande demostração do desequilíbrio do time de Aguirre. Se o Inter estava jogando no 4-2-3-1, por qual motivo os meia-atacantes que atuavam pelos lados não ajudavam na defesa, auxiliando os laterais ? ¿ ?

Valdívia jogava por um lado e Lisandro pelo outro. Alguém viu algum deles voltarem para recompor a defesa ? ¿ ?

Complicado, mas é a realidade. Apenas os volantes parece que tinham tal função. Assim, Rodrigo Dourado corria pelo seu companheiro de função – Aránguiz – e os três meia-atacantes. Não tinha como aguentar tudo sozinho e muito menos o jogo todo. Dessa forma ficava aquele “big” espaço na frente da área de Alisson.

Somado a incompetência dos laterais, que não conseguiam ganhar uma jogada, a tragédia estava montada. Não creio que alguém dentro do Internacional pensou que William e Geferson estavam prontos para assumir tamanha bronca. Não é de hoje que falamos na fragilidade da defesa, mas investimentos só do meio pra frente. Mas de nada adianta fazer um se levar 3.

Falando em investimento, bem sabemos o valor empregado nas contratações do adversário. O Inter não fica muito atrás, mas o fato é que nos outros times, investimentos milionários dão retorno e no Inter é só dinheiro jogado pela janela.

Outro detalhe que fez a diferença foi o posicionamento de D’Alessandro. Bem sabemos que Aguirre vinha escalando o Camisa 10 pelos lados do campo por que ele tem certa dificuldade em sair da marcação quando joga pelo meio. Pois bem, por que cargas d’água foi escalado nessa posição ? ¿ ?

Pelos lados do campo vimos D’Alessandro fazer primorosos lançamentos para conclusão de Valdívia e Nilmar. Quando chegamos em um jogo decisivo, muda-se o que está funcionando “mais ou menos” e seja o que Deus quiser. O mesmo vale para Lisandro López, que estava jogando como meia-atacante pelos lados do campo. Não estava bem mas era quem mais buscava jogo. Consequência, Nilmar isolado. Quando foi para sua posição, marcou o gol de honra.

Depois que o Tigres “recolheu” suas linhas o Inter não encontrava alternativas e recuava a bola, começando a jogada desde a defesa. E ainda sofria com os contra-ataques após erros bobos de passe. As substituições não renderam como o esperado e o gol salvador não saiu.

Foi uma noite em que – quase – nada deu certo. Impossível esquecer, como muitos querem. Mas fica a lição para muitos assuntos controversos, como por exemplo o tal do rodízio de jogadores. Descansaram tanto que quando foram pro jogo não resistiram e cansaram já no início da segunda etapa. Resta apenas a Copa do Brasil e Brasileirão. Qual será a postura, vão continuar com essa “palhaçada” o vão buscar os 10 pontos que separam o Inter do Líder da competição nacional ? ¿ ?

Se no jogo de ida o Inter tinha uma avenida para atacar pelo lado do lateral adversário, dessa vez era um latifúndio para o adversário. O problema é que o Inter não aproveito o fator local e o Tigres soube aproveitar.

William não foi bem na marcação do primeiro gol e cometeu o pênalti. Pelo outro lado Geferson fez um gol contra, na única bola que conseguiu antecipar ao adversário.Belo jogador de Seleção Brasileira.

Agora é juntar os cacos e pensar no Brasileirão. Domingo, pela 15ª Rodada, o adversário será a Ponte Preta, às 16:00 hs em Campinas.

Saudações Coloradas.