Copa do Brasil: Palmeiras 3 x 2 Inter

No primeiro jogo um empate que complicou a missão do Inter - resultante de vários desfalques e time completamente defensivo - e que não deixava muitas esperanças para o jogo de volta. No entanto, Argel surpreendeu na escalação e o time surpreendeu na reação. Mas como nem tudo são flores, o técnico Colorada fez substituições equivocadas e o Clube do Povo acabou sendo eliminada - somado aquele pênalti inexistente em favor do Palmeiras.

Com a suspensão de Vitinho, Argel escalou Lisandro López para o comando de ataque. Até aí tudo normal, mas o que surpreendeu na escalação foi a opção por Anderson, que formou dupla de meia-atacante com Alex. Surpreenderia mais ainda a atuação do jogador, que fez boa partida, marcando o primeiro gol e incendiando a partida - mesmo perdendo grande oportunidade na primeira etapa.

Alguns jogadores não conseguiram manter o bom futebol que vinham apresentando e isto fez falta para o desempenho geral do time. Senti muita falta de Alex e Nilton no jogo. Valdívia esteve um pouco acima desses, mas ainda longe do jogador diferenciado da equipe. Talvez tenha sentido falta de Vitinho, mas o fato é que - mesmo com características diferentes - Lisandro López também fez um baita jogo, lembrando aquele jogador do Lyon. Tudo isto mesmo sem achar o devido espaço entre a zaga adversária.

O primeiro gol sofrido foi decorrente de erro de posicionamento defensivo. Ato inexplicável para um time como o Internacional e logo no início da partida. Depois disso o Inter começou a crescer o Palmeiras não era aquele time da semana passada que levava tanto perigo no contra-ataque. Assim as oportunidades surgiram, mas faltou a finalização certeira.

O segundo gol do Palmeiras foi lamentável. Primeiro por que o lateral que foi cobrado e depois resultou na marcação do pênalti foi invertido. Era posse de bola do Inter e o assistente assinalou a favor do adversário. O lance prossegui e o árbitro inventa um pênalti para encaminhar a classificação do time paulista e frear a reação do time de Argel. Complicou bastante, mas depois disso constatei e comentei que o Palmeiras estava se acomodando e o Inter poderia e deveria se valer disso.

Na segunda etapa aconteceu a previsão. Pressão do Inter e gol de Anderson, após dividida, disputa e lance individual. Belo gol que motivou ainda mais o Inter, que já havia voltado mais cedo do intervalo e com outra disposição. Eis que Alex cobra falta e Lisandro guarda. Tudo igual e vantagem do Inter, que se beneficiava do número de gols marcado fora.

Contudo, na saída de bola, ainda estasiado pela euforia do empate, o Inter deixou o Palmeiras avançar e marcar o terceiro, onde o posicionamento estava todo errado e pra variar mais um gol sofrido pelo alto. O Colorado foi pra cima e tentou até o último minuto, mas o gol da classificação não saiu.

Argel, por sua vez, tira Ernando e manda a campo Rafael Moura, que teve como consequência o recuo de Alex para a lateral esquerda. Assim o time perdeu o meia com maior possibilidade de chutes de fora e também ficou sem ataque, pois Rafael Moura nada fez, perdendo a bola sozinho quando conduzia pelo meio campo. Completa displicência.

Também faltou acelerar a terceira substituição. O Palmeiras estava pra lá de cansado, com vários jogadores sentido e sem possibilidade de troca. Argel com vários jogadores rápidos no banco deixou para lançar Taiberson apenas nos minutos finais. Claro que é um técnico que joga junto e sente o jogo, mas aí faltou um pouco de frieza para ver bem o que se passava e fazer a melhor escolha. Só tirou Anderson mais cedo por que o mesmo cansou e nada mais rendia em campo.

Agora resta o Brasileirão. São 10 rodadas para buscar a vaga no G4 e salvar a temporada com a vaga à Libertadores 2016. O time está em franca evolução, mas que está seja mais constante, não aparecendo de forma isolada em poucos jogos. Sábado o adversário será o Sport-PE no Beira Rio.

Saudações Coloradas.