Brasileirão - 36ª Rodada: Inter 1 x 0 grêmio

Precisando mostrar serviço e tentar amenizar o baixo desempenho da rodada o Inter de Argel foi para clássico "mordido" pelas críticas e disposto a dar uma resposta a altura. Contudo, muitos desfalques fizeram com que o time fosse a campo bastante mudado, mas com a garra e seriedade necessária para vencer e manter-se vivo na luta pela vaga à Libertadores 2016.

Sem poder contar com Juan e Réver, Argel preferiu promover a volta de Ernando à zaga. Isso para surpreender aqueles que se dizem entendidos e que "cravaram" Alan Costa como titular. Assim, Artur ocupou a lateral direita e deu mais movimentação ofensiva ao time (pelo menos na teoria). E ambos foram bem, mesmo não tendo aquele destaque, não comprometeram.

Da dupla de volantes, Nico Freitas fez a primeira função e Rodrigo Dourado a segunda. Assim, o gringo se preocupou mais com a marcação e no seu setor foi super eficiente, fazendo sua melhor partida com a Camisa do Clube do Povo. Rodrigo Dourado também se destacou. Defensivamente fez seu jogo costumeiro e ofensivamente fez a jogada do gol da vitória. Simplesmente passou por 4 adversários e presenteou Vitinho com o passe para o gol. Sem contar seus chutes de fora da área.

Outro destaque foi Anderson. No clássico o meia-atacante se transformou e chamou a responsabilidade para si e deu muito trabalho à defesa adversária, com grande movimentação e velocidade. Um pena não ter marcado, de cabeça, o cruzamento (quase) na medida de Vitinho. Quando foi substituído, por questões táticas, foi muito aplaudido. Como deve ser. Jogou e honrou a Camisa do Clube merece os elogios.

Vitinho por sua vez, participou fazendo dois cruzamentos perfeitos (para Anderson e Ernando), chutando de fora da área e sendo premiado com o gol. É o senhor 1 a 0. Sempre ele, no lugar certo, para fazer a jogada e marcar ou estar pronto para empurrar para as redes.

Lisandro também se movimentou bastante e ajudou na marcação. Mais um gringo que "veste a camisa" e briga pelo bem do time do início ao fim. O mesmo podemos dizer de D'Alessandro, que até reger a torcida na comemoração final o fez. Simplesmente um ícone do Campeão de Tudo.

Quanto a parte tática, foi um banho de Argel. Marcação alta, pressão na saída de bola e domínio na maior parte do jogo. Muito se diz que se jogassem assim, pelo menos, na metade das partidas fora de casa a história seria outra. É bem verdade, mas os jogadores também tem seus dias ruins e partidas perdidas (como foi recentemente contra Chapecoense e Goiás) fazem parte da atividade. Contudo, para ser campeão há que se driblar tais problemas - coisa que o Inter não tem feito nas últimas temporadas.

Agora restam duas rodadas. Fora contra o Fluminense e em casa contra o Cruzeiro. Confrontos complicados onde o Inter vai ter que mostrar que merece a vaga. Além de vencer, precisa torcer para um insucesso do "San Pablo" ou tirar a desvantagem no saldo de gols.

Saudações Coloradas.